POLÍTICA MUNICIPAL
DA SÉRIE:
"Gestores Municipais"
Hoje vamos conhecer um pouco sobre o Prefeito José Antônio Prates, Zé Prates, a quem o povo salinense Não elegeu nessa eleição 2020.
JOSÉ ANTÔNIO PRATES
Atuação: 01/01/2017 a 31/12/2020
Zé Prates é natural de Salinas-MG, nasceu em 02 de dezembro de 1943, 77 anos, é um político e arquiteto brasileiro.
Filho de um tropeiro e uma dona de casa, possui dez irmãos, é casado com Sônia Maria Guedes Ferreira. Possui formação como técnico agrícola, onde concluiu o curso em Salinas e Barbacena. Também é arquiteto e urbanista formado pela UnB. Líder estudantil em Brasília, participou da reformulação do ensino das artes e da arquitetura, através de atuações paritárias entre professores e alunos do ICAU-FAU. Foi membro do Conselho da União Nacional de Estudantes. Atuou como presidente do Diretório Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo, da Federação dos Estudantes da UnB e da Executiva Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo.[1]
Ainda em Brasília, foi servidor da Câmara Legislativa do Distrito Federal, assessor parlamentar, chefe de gabinete da presidência da mesa diretora, diretor legislativo, assessor especial e secretário executivo da mesa diretora.
* No ano de 2004, filiado ao PT, Zé Prates se elege prefeito da cidade de Salinas, Minas Gerais. Quatro anos depois, consegue a reeleição, agora pelo PTB.
* Nas eleições de 2014, ele concorreu ao cargo de deputado federal pelo PHS, não foi eleito.
* Nas eleições municipais de 2016, concorre ao cargo de prefeito de Salinas pelo PHS, e se elege, sendo seu terceiro mandato na cidade.
* Nas eleições 2020
concorre ao cargo de prefeito de Salinas pelo PSD, sendo derrotado pelo seu opositor kinca dias (PDT).
Com as palavras:
"Salinas - sal, luz, fermento..."
Assim é o enunciado de apresentação do atual gestor, que tentou reeleição, mas foi derrotado nas urnas. Mais conhecido como Zé Prates, nessas eleições obteve apenas 9. 266 votos, foi uma resposta da insatisfação popular. Principalmente no quesito "Pandemia do Coronavirus". Ele que conduziu com "mãos de ferro" e impôs inúmeras medidas, até o LOKDWON (medida severa) de 09-26/junho com o fechamento total do comércio, ficou aberto apenas estabelecimentos com produtos essencias, como: Farmacias/Drogarias, Supermercados, Padarias, Açougues e etc...
Fez da pandemia um verdadeiro palanque de comício, inflou a prefeitura com contratações e recentemente foi alvo de investigação do Ministério Público (MP), feita pelo ex-vereador Evandro Pinho (PDT). A alegação é uso impróprio da verba destinada ao combate da COVID-19.
Zé Prates vai deixar a prefeitura com grande parte da população insatisfeita com a sua gestão, principalmente as categorias do #comércio, os #feirantes que tiveram que sair do mercadão e enfrentaram sol e chuva, sem um local adequado para comercializar seus produtos, #mototaxista que não puderam transitar pela cidade, #Garis que trabalharam sem EPI's em plena pandemia, só receberam os uniformes quando o potencial de infecção pela covid-19 começou diminuir.
Aclamado por uns, rejeitados por outros. Alguns os chamam de "Ditador", "Coronel", praticante da velha política. Pois bem vamos conhecer quem é Zé Prates. Confira logo abaixo!!
Em sua biografia disponível no site da prefeitura, que conta um pouco sobre tua trajetória pessoal, estudantil e profissional. Demonstra um apreço pelos seus educadores e até cita:
"Minha primeira professora, Sá Lia Guimarães, carinhosa, paciente, me ensinou a ler, escrever, somar, “diminuir”, dividir, multiplicar; leu e contou histórias lindas para mim."
✅GRADUAÇÃO
Estudou no Grupo Escolar João Porfírio ;
Na Escola Agrícola Hoje ela é muito maior como IFNMG, mas nasceu da querida EIAS-Escola de Iniciação Agrícola de Salinas;
Morou e estudou em Barbacena, na EADA – Escola Agrotécnica Diaulas Abreu, hoje Instituto Federal Sudeste de Minas;
Frequentou
a Universidade de Brasília – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, onde diz ter ouvido Oscar Niemeyer:
"Ouvir Oscar Niemeyer dizer com clareza “mais importante que a Arquitetura é a Vida” ".
Liderou uma grande mobilização estudantil contra os desatinos da ditadura que quis acabar com a UnB, gritarmos conscientes: "QUEREMOS FORMAÇÃO E NÃO FORMATURA" , título da monografia que relatava nossa luta em defesa da Universidade agredida;
Concluiu o curso somente 30 anos depois, com a Anistia, tendo como trabalho técnico de graduação o Plano Diretor de Salinas.
✅A prisão
Ele conta que ir várias vezes esteve hospedado em unidades militares de Brasília devido à caçada aos líderes estudantis promovida pelo regime militar.
"Não gosto de relembrar os sofrimentos ocorridos naquela oportunidade, mas além da tortura moral e física, há que relembrar, com tristeza, as condenações sem crime cometido, a extinção da FEUB – Federação dos Estudantes da Universidade de Brasília, da qual fui Presidente, a suspensão de meus direitos políticos por 10 anos, período em que estive exilado", Disse Zé Prates
✅ATUAÇÃO NO EXTERIOR
. No Chile
Permaneceu por pouco tempo, pois desde longe a experiência peruana de um governo revolucionário formado por lideres militares e populares lhe parecia muito curiosa e interessante, afirma que excitava seu "espírito aventureiro".
. No Peru,
em Lima, trabalhou como especialista no Método Paulo Freire, na Comissão de Reforma de Educação, em projetos de educação e organização popular nos bairros da periferia.
"Lima é marcante para mim por duas razões. A primeira porque foi lá que nasceu minha primeira filha Shakti e, a segunda razão porque no mesmo bairro popular, EL RESCATE, em que ela nasceu, participei de uma das maiores experiências políticas de minha vida, envolvendo de forma intensa e harmoniosamente, projetos de ocupação territorial, organização de Governo popular e planejamento urbano, integrando o conhecimento dos sábios do povo e a capacidade dos acadêmicos de diversas áreas" contou Zé Prates.
. Na Argentina,
Fundou o Centro de Informação e Intercâmbio Latino Americano e as revistas "EDUCACIÓN POPULAR" en América Latina e "ARGUMENTOS" para El Diálogo Popular, buscando conhecer, analisar e divulgar experiências libertadoras no campo da educação e organização popular.
. Na França / Paris
Da Argentina, cruzou o Oceano Atlântico, num vôo que marcou a distância, não física, mas das diferenças do chamado progresso, uma ponte unindo enormes contrastes sociais e econômicos. O ACNUR – Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados.
Ele conta que providenciou a viagem e um Laissez-Passer, documento que substitui o passaporte para uma única finalidade.
Com pouco tempo em Paris, já tinha lugar para morar, alimentar, documento de residência, trabalho numa empresa metalúrgica (operário mannutentionaire), matrícula no Curso de Urbanismo da Université de Vincennes. Aprendeu rapidamente a língua, a ponto de poder ajudar os trabalhadores imigrantes de diversos países africanos e latino-americanos em sua inserção social, ainda sobrando tempo para ajudar nas organizações de solidariedade aos brasileiros que lutavam contra a #ditadura. Afirma que sua alma buscava suas raízes históricas na África.
. Na África –
Na Guiné-Bissau
Recomendado por Paulo Freire, o Presidente Luis Cabral o convidou, pessoalmente, para ir ajudar nos trabalhos de reconstituição nacional do primeiro país Libertado da colonização secular de Portugal. Ao chegar foi para o interior do pais na Comunidade de Có, onde estava sediado o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Professores “Maximo Gorki”, do qual foi coordenador pedagógico, cujo embrião surgiu na organização das zonas libertadas durante o enfrentamento com o poderoso exército do
"tugas" (colonizadores portugueses). Era o maior símbolo da educação na Guiné-Bissau porque formava os "PROFESSORES COMBATENTES". Sua participação foi plena, de forma espiritual, militante e pedagógica.
E com as diversas etnias, seus sábios da medicina, nas bolanhas de arroz, as festas dos fanados e dos BA e dos LANTAS; conheceu os IRÃS, bebeu vinho de palma e comeu carne de macaco no azeite de dendê.
✅RETORNO AO BRASIL
. A VOLTA -
Bissau – Dakar – Rio de Janeiro – Belo Horizonte – Pingo D’água
Ao chegar, ficou retido por muito tempo, pois embora já estivessem prescritas as penas das condenações, o registro dos amigos da ditadura ainda estava vigente. Aportou em Belo Horizonte, e ao chegar à porta da casa de sua mãe, que aumentou os calos nos joelhos de tanto rezar por ele, escutei com lágrimas intensas, uma enorme quantidade de pessoas cantando "A volta da Asa Branca".
Relats que toda a diversificada experiência vivida durante os anos de exílio em diferentes países serviram lhe como ponto de partida e apoio para um trabalho de "organização popular" numa #comunidade que ousaria buscar seu próprio caminho, com a força do povo impulsionando sua transformação em Distrito e a emancipação como Município exemplar. Educação e organização popular, planejamento urbano e unidade política foram vitais para construção de um belo exemplo que é o Pingo D Água, Município do qual é cidadão honorário.
BELO HORIZONTE
OCUPAÇÕES:
- Secretaria de Estado de Trabalho e Ação Social, Fundação João Pinheiro, Secretaria de Estado do Planejamento.
- Na primeira coordenei as ações de interiorização com a Diretoria de Organização Regional, o Programa de Organização da Ação Comunitária e o Programa de Centros Sociais Urbanos.
- No Planejamento coordenei o CENDEMI - Centro de Desenvolvimento Municipal e Micro Regional, com as associações micro regionais de Municípios.
- O VENDEDOR DE ENCICLOPEDIAS
Em Belo BH trabalhou: venda de enciclopédias.
Por várias vezes campeão nacional de vendas. Afirma ter ganhado muito dinheiro, prêmios e viagens, trabalhando na Enciclopédia Britânica do Brasil.
BRASILIA
Em Brasília trabalou como assessor de Salviano Guimarães, na Câmara Legislativa do DF;
Exerceu os cargos de Diretor Legislativo e Assessor da Mesa Diretora da Câmara;
ESCREVENDO, POETANDO
"A primeira gota da torneirinha literária.
Comecei a escrever e, como dizia Octávio Paz, basta abrir a torneira e ver cair o primeiro pingo, que a água não cessa de jorrar. Livros são como filhos, não nos pertencem. Nós os fazemos, mas eles têm asas próprias e saem pelo mundo."
O PIRATA ESCARLATE, LUZ DO NAVEGANTE, A ILHA DO REI, PAIXÃO E DOR, O TROPEIRO E O MENINO.
. ACADEMIA DE LETRAS DO DISTRITO FEDERAL – ALDF
Na Academia de Letras ocupou a "Cátedra de Paulo Freire",
Foi Presidente da ALDF por dois mandatos;
Projeto: "A ACADEMINHA"
foi outro projeto como Presidente da ALDF;
. ARQUITETO E URBANISTA.
Ao retornar ã Universidade de Brasília, após a Comissão de Anistia reconhecer seu direito como #anistiado #político e, concluiu seu curdo na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo;
Seu trabalho de graduação acadêmica foi o "Roteiro" para "Elaboração do Plano Diretor de Salinas" e a monografia foi a "Crônica" das lutas em defesa da UnB e da FAU, trabalho intitulado “QUEREMOS FORMAÇÃO E NÃO FORMATURA”.
SALINAS À VISTA - Ouvindo o povo para elaborar o PLANO DIRETOR.
. Foi candidato à Prefeito (2004), conta que venceu por meio de uma campanha simples, criativa e corajosa, e assim iniciou uma marcha pela recuperação do "status" de Salinas e a valorização do potencial de nosso povo. Se reelegeu em 2008, foram dois mandatos seguidos nos quais afirma ter exercitado com "decência", "diálogo", "trabalho frenético" e muito prazer, "sempre" reunindo as qualidades e potencialidades de nosso povo, a dedicação da equipe e a benção divina.
Nas eleições de 2014, ele concorreu ao cargo de deputado federal, pelo PHS, porém, não foi eleito, obtendo apenas 11 mil votos.
Nas eleições municipais de 2016, concorreu ao cargo de prefeito de Salinas, sendo eleito e, exercendo seu terceiro mandato na cidade.
Finaliza descrevendo sua experiência como:
"As realizações ultrapassaram enormemente tudo o que planejamos e todas as nossas expectativas foram superadas conforme podemos observar em relatório à parte.", Zé Prates.
Leia na íntegra rm:
https://www.salinas.mg.gov.br/portal/galeria-de-prefeitos/
Caros leitores José Prates permaneceu à frente de Salinas por 12 anos, em mandatos intercalado, no próximo dia 31 de Dezembro finda seu mandato como prefeito do município, essa eleição foi um grande divisor de águas para o povo salinense, que lhe deu a resposta nas urnas, NÃO O ELEGENDO, assim pois com a uma gestão descrita por muitos moradores como: Opressora, Falhas na Gestão, privilegiando ao "chegado/apoiadores", superfaturamento e acusação uso inapropriado da verba da Covid-19 e, insatisfação.na forma como conduziu a pandemia viral.
José Antônio Prates no primeiro mandato até fez muitas coisas por Salinas, mas o continuísmo lhe trouxe uma marca: Descuido e falta de compromisso com o povo de salinas"
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