O CERRADO: DIVERSIDADE FRUTIFERA
As deliciosas frutas do Cerrado
O cerrado Brasileiro possui muitas frutas riquíssimas em vitaminas e minerais..
Para #proteger o cerrado é preciso #conhecê-lo.
Conhecer mais sobre o cerrado é o primeiro passo para resistir efetivamente contra a destruição desse bioma.
O cerrado, também chamado de savana brasileira, ocupa uma área de mais de dois milhões de quilômetros quadrados, cobrindo 20% do território nacional na região do Planalto Central do país. Apesar de não parecer, com suas árvores esparsas e amplas áreas cobertas de gramíneas, o cerrado abrange pelo menos cinco ecossistemas diferentes e possui uma biodiversidade riquíssima, com cerca de 4400 espécies endêmicas de plantas e 1500 espécies de animais. Entre eles o tamanduá-bandeira e o lobo-guará.
Infelizmente, as atividades de garimpo e mineração e o avanço contínuo e violento do agronegócio desde a década 1960 fizeram com que o cerrado se tornasse o bioma brasileiro que mais sofreu alterações pela ocupação humana depois da Mata Atlântica. Globalmente, o cerrado foi incluído em uma lista de 25 ecossistemas no planeta que sofre sério risco de extinção.
Conhecer mais sobre o cerrado é o primeiro passo para resistir efetivamente contra a destruição desse bioma. Esse é o caso, por exemplo, da comunidade local no interior de Goiás que extrai de maneira sustentável o fruto da faveira e consegue vendê-lo diretamente para a indústria farmacêutica, sem intermediários. Da mesma forma, a produção de picolés de frutas do cerrado, também no estado de Goiás, contribui para o manejo sustentável de toda uma região para a coleta dos frutos todos os anos.
✔Conheça você também alguns frutos típicos do cerrado brasileiro. Frutos como…
Bacupari-do-Cerrado (Salacia elliptica)
cerrado
Nativa do Vale do São Francisco, Pantanal, Planalto Central e partes da Mata Atlântica, o bacupari-do-cerrado possui polpa espessa e consistente, mas com sabor adocicado e agradável. Sua árvore pode atingir até 8 metros de altura e amadurece seus frutos nos meses de novembro e dezembro. Costuma-se consumir o bacupari-do-cerrado in natura.
Pêra-do-campo (Eugenia klotzschiana)
cerrado“Eu nem tinha começado a conversar com aquela moça, e a poeira forte que deu no ar ajuntou nós dois, num grosso rojo avermelhado. Então eu entrei, tomei um café coado por mão de mulher, tomei refresco, limonada de pêra-do-campo.” – Trecho do livro Grande Sertão: Veredas.
Imortalizada na obra de Guimarães Rosa, a pêra-do-campo, conhecida também como cabacinha-do-campo, é uma fruta grande (variando entre 60g e 90g), com casca fina e polpa suculenta de sabor doce azedinho, muito característico. Sua árvore é, na verdade, um arbusto que varia entre 0,5m e 1,5m de altura, e frutifica no verão, a partir de outubro. É normalmente consumida in natura, em geléias ou na célebre “limonada de pêra-do-campo”. Pode ser plantada em vaso e é essencial em projetos de recuperação do cerrado.
Murici (Byrsonima crassifólia)
Muito comum em todo o cerrado e em solos arenosos na região Amazônica, o muricizeiro é uma árvore típica do cerrado, de baixa estatura e tronco todo retorcido. Seu fruto, o murici, tem polpa carnosa com uma semente só. Possui sabor e aroma muito apreciados, sendo consumido de uma infinidade de formas – in natura, em sucos, geléias, compotas, doces, picolés e até como farinha. O murici amadurece principalmente entre fevereiro e maio.
Cagaita (Eugenia dysenterica)
cerrado
A cagaita é uma delícia, mas conforme o próprio nome sugere, não a coma muito madura, aquecida pelo sol, ou em grande quantidade se não quiser passar uma temporada no banheiro. Bastante carnuda e suculenta, a cagaita tem sabor azedinho que lembra o araçá e dá em uma árvore de tronco curto de copa frondosa, que chega a no máximo 8 metros de altura. É muito consumida in natura, em sucos, picolés e sorvetes. Pode ser encontrada no pé entre outubro e novembro.
Mama-cadela (Brosimum gaudichaudii)
cerrado
Também conhecida por mamica-de-cadela, algodão-do-campo, amoreira-do-campo, mururerana, apé, conduru e inhoré, a mama-cadela é um arbusto pequeno muito típico em todo o cerrado. O fruto é todo enrugadinho, com a polpa fibrosa e suculenta, com sabor que lembra o de um coquinho de macaúba. Consumido in natura, é também muito usada em chás e outros tipos de preparação caseiras para o tratamento de vitiligo (o que pode ser perigoso, dado que, dependendo da dose, seu uso pode levar à intoxicação hepática e queimaduras). Uma pesquisa está sendo financiada pelo governo federal e um medicamento já está em fase final de desenvolvimento, mas ainda não foi testado em humanos.
Pequi (Caryocar brasiliense)cerrado
O pequi é conhecido como ouro do cerrado e é um dos frutos mais famosos da região. O pequizeiro é uma árvore bonita e frondosa, que pode chegar até 12 metros de altura e produz seus frutos de novembro a janeiro. Grandinho como uma maçã e de casca verde, o pequi possui caroços revestidos por uma polpa macia riquíssima em vitamina C, que possui pequenos espinhos por baixo. Embaixo dos espinhos encontra-se uma amêndoa, também muito apreciada, que pode ser consumida torrada, in natura, caramelizada, em licores, e até em óleos, como cosmético. O pequi é muito utilizado na culinária regional, sendo comumente cozido no arroz e no feijão. Se deu vontade e tem um pequizeiro perto de casa, confira algumas receitas.
Baru (Dipteryx alata)
cerrado
Espécie ameaçada pela extração predatória de sua madeira, o baruzeiro é uma árvore alta e imponente, que pode chegar até 20m de altura. O seu fruto, o baru, é uma castanha com sabor similar ao do amendoim, com alto teor protéico. O problema é que a casca do baru é tão dura que é difícil abrir o fruto sem quebrar a amêndoa dentro (pense: dá para usar os restos de casca em calçamento, no lugar de brita, de tão resistente que é). Por isso, a técnica utilizada para quebrar o fruto costuma ser de corte transversal ou com pressão mecânica. Como é o caso de castanhas em geral, a amêndoa do baru é muito versátil e pode ser consumida tanto in natura, como torrado, em paçoca, rapadura, pé-de-moleque, farinhas e mais uma infinidade de receitas. Sua polpa também pode ser consumida e costuma ser usada em óleos, manteigas e tortas. Os frutos amadurecem de setembro a outubro.
Araticum (Annona coriacea)
cerrado
Típica de áreas secas e arenosas do cerrado, o araticum é coberto por uma grossa casca marrom e possui no seu interior um monte de semente lisa e preta com uma polpa delícia ao redor. É consumido principalmente in natura, sucos e doces, e pode ser encontrado no pé de janeiro a março.
Buriti (Mauritia flexuosa)
boa parte do país. Alto, chegando até 30m de altura, o buritizeiro dá por volta de cinco cachos de buriti todo ano (cada um deles, com cerca de 400 a 500 frutos) entre abril e agosto, que demoram quase um ano para amadurecer. Quando isso acontece, por volta de fevereiro, a polpa saborosa é consumida in natura, em doces, picolé e até fermentada, como vinho. O óleo da polpa também pode ser usado para frituras.
Cereja-do-cerrado (Eugenia calycina)
cerrado
Para quem gosta de pitangas, a cereja-do-cerrado é considerada o santo graal do gênero. Dando em um arbusto pequeno e muito ornamental, de cerca de 2m de altura, é uma fruta de polpa espessa, muito suculenta, macia e de sabor doce delicioso. Pode ser consumida in natura ou em doces, geléias, gelatinas e sorvetes, e costuma aparecer madura no pé entre os meses de outubro e janeiro.
Mangaba (Hancornia speciosa)
Com polpa suculenta e ligeiramente leitosa e azedinha, a mangaba é o fruto da mangabeira, árvore típica da caatinga, mas comum também em diversas regiões do cerrado. Rica em vitamina C, é normalmente consumida tanto in natura, como em geléias, compotas, sorvetes e licores. Sua árvore pode atingir até 10 metros de altura e tem aspecto rústico e retorcido, com tronco e folhas que fornecem um látex conhecido como “leite de mangaba”, com propriedades medicinais. A mangaba pode ser encontrada o ano todo, mas principalmente entre os meses de outubro e abril.
Cajuí
Espécie do Cerrado
Cajuí, cajuzinho-do-cerrado ou cajuzinho-do-campo são os nomes dados aos cajus nativos do bioma Cerrado. Espécies ainda pouco estudadas, Anacardium nanum e Anacardium humile, são plantas de porte arbustivo encontradas nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e no Distrito Federal.
Cajuí
O pseudofruto é conhecido possui cores que variam entre amarelo e vermelho. É pequeno, de sabor ácido e suculento. Pode ser consumido ao natural ou em sucos, bebidas, doces. Porém, seu fruto verdadeiro é a castanha. O óleo da castanha contém cardol e ácido anacárdico. É utilizado para fins medicinais, em virtude de sua ação antisséptica e cicatrizante.
A planta floresce entre os meses de setembro e outubro, dando frutos em novembro. Alguns animais se alimentam do cajuí, como é o caso da raposa do campo. O animal ajuda, dessa forma, a dispersar as sementes.
Caju
Espécie da Caatinga
O cajueiro (nome científico Anacardium occidentale L.) é uma planta tropical originária do Brasil e que pertence a família Anacardiaceae. Apesar da distribuição da espécie pelo país, a maior produção de caju está concentrada nos estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia.
Caju frutos
O cajueiro alcança até 10m de altura e possui copa larga, com galhos que pendem até o solo. Em geral, o tronco é tortuoso e ramificado. Dependendo da época, as folhas podem ser róseas ou verdes. As condições ideais para o cultivo do caju são encontradas no litoral do Norte e do Nordeste, a partir do clima tropical e subtropical.
Cajueiro
De junho a novembro a árvore apresenta flores pequenas, branco-rosadas e perfumadas. A safra acontece de janeiro a fevereiro. O verdadeiro fruto da espécie é a parte conhecida como a castanha-do-caju, e o que é considerado popularmente como fruto é na verdade uma haste carnosa, o pseudofruto. Ele pode ser amarelo, vermelho ou apresentar cor intermediária, sendo rico em vitamina C, cálcio, fósforo e ferro. Dentre os benefícios para a saúde, a haste carnosa é indicada para o combate do reumatismo e eczemas de pele.
Castanhas de caju
A castanha-do-caju também é um alimento bastante nutritivo. Tanto o fruto quanto o pseudofruto do cajueiro são utilizados de diversas formas na culinária, em sucos, doces, licores, sorvetes, vinhos, xaropes e vinagres.
GALERIA PHOTO-FRUTAS
JATOBA
O jatobá é um fruto muito conhecida dos índios da América Latina por ser uma das frutas místicas que traz equilibrio
MANGABA
Fruto aromático, delicado, saboroso e nutritivo, com teor de vitamina e sal mineral superior ao da maioria das espécies
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PEQUI
Tanto a polpa como a amêndoa do pequi possuem ácidos graxos importantes para compor uma dieta saudável
ARATICUM
Resultados revelam que o araticum possui fatores antioxidantes, fortes aliados na prevenção de doenças degenerativas
BURITI
Fruto rico em vitamina A, B e C. Fornece cálcio, ferro e proteínas. O buriti possui sabor adocicado
GABIROBA
A Gabiroba é arbusto produtor de frutos muito saborosos e refrescantes
CAGAITA
A cagaita é um fruto redondo, com uma a três sementes envoltas na polpa. Possui sabor acidulado
GENGIBRE
O gengibre possui ação bactericida, é desintoxicante e acredita-se que possua poder estimulante
CAJÁ-MANGA
A árvore do cajá-manga pode atingir até 15 metros de altura. O fruto tem formato cilíndrico com delicioso sabor agridoce
TAPEREBÁ
A fruta possui propriedades medicinais conhecidas: tratamento dos males gastrointestinal e urinário. Sabor ácido e adocicado
Bacupari-do-Cerrado (Salacia elliptica
Pêra-do-#campo (Eugenia klotzschiana)
Murici (Byrsonima crassifólia)
Mama-cadela (Brosimum gaudichaudii)
Baru (Dipteryx alata)
Araticum (Annona coriacea)
Cereja-do-#cerrado (Eugenia calycina)
Caju
Fontes: cerratinga.org.br
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