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Conheça a religião que surgiu no Irá, antiga Pérsia, o Zoroastrismo.

RELIGIÃO 

Zoroastrismo-
RELIGIÃO DOS ANTIGOS PERSAS

E  conhecida por zoroastrismo ou mazdeísmo a #religião #monoteísta surgida no Irã, baseada nos ensinamentos do profeta Zaratustra (Zoroastro, na versão grega - 628 – 551 a.C.). 

De acordo com os relatos tradicionais, Zoroastro viveu viveu no século VI a.C. na Ásia Central, num território que corresponde atualmente ao leste do Irã e a região ocidental do Afeganistão. Ele pertencia ao #clã #Spitama, sendo filho de Pourushaspa e de Dugdhova.

Dois princípios fundamentais regem o sistema de crenças desta religião, que são a #existência de #Deus e do #Diabo e a #volta do #Paraíso à #Terra. 
Ahura Mazda é a deidade suprema, o criador de todas as coisas boas, enquanto Ahriman é o princípio destrutivo que rege a ganância, a fúria e as trevas. Seus adeptos acreditam que Zoroastro é um profeta de Deus, mas este porém não é alvo de veneração direta por parte dos mesmos.

De acordo com os ensinamentos do zoroastrismo, é dado aos seres humanos aproximar-se de Deus e da ordem natural marcada pelo bem e justiça (asha). De acordo com os Gathas, após a morte, cada alma é julgada na
"Ponte de Cinvat". Os que seguem a Verdade chegam ao Paraíso; quem segue a Mentira, cai no Inferno.

Os livros sagrados do Zoroastrismo são:

- o Zend-Avesta, mal comparando, a Bíblia da religião, é o livro sagrado das orações, dos hinos, dos rituais, das instruções, da prática e da lei. Entre outros pontos, a obra ensina a negação de qualquer tipo de prática mágica, refuta a adoração de várias divindades e a realização de sacrifícios envolvendo o uso de sangue. Afirma ainda que cada indivíduo poderia seguir um dos dois caminhos oferecidos por Mazda e Arimã, e o compromisso com a verdade e o amor ao próximo garantiriam uma vida eterna no Paraíso.

- o Gathas, que são dezessete hinos atribuídos a Zoroastro, e que permitem conhecer a vida e o pensamento religioso do inaugurador da religião.

- o Pahlavi, que consiste na literatura zoroastrista.

Mesmo em meio a uma maioria muçulmana que exerce enorme pressão sobre a religião, o zoroastrismo continua sendo praticado por algumas populações no interior do Irã e comunidades iranianas radicadas na Índia, os chamados parsis. Mesmo assim, estima-se que cerca de 1% da população do Irã seja seguidora do zoroastrismo, enquanto que a esmagadora maioria segue o islamismo, religião trazida ao Irã pelos árabes no século VI.

O zoroastrismo possui ainda uma importância em meio à história das religiões, por ser pioneira no conceito de religião monoteísta, onde é cultuado apenas #um #deus. Especula-se que conceitos fundamentais do zoroastrismo, principalmente o monoteísmo tenham influenciado o judaísmo, e consequentemente o cristianismo.

A lenda afirma que Zaratustra viveu isolado durante muitos anos no deserto e que, aos 30 anos, teria recebido os sete ensinamentos do deus Ormuzd, o que o levou a iniciar a divulgação de uma religião baseada nos ideais de #pureza e #igualdade.
O #zoroastrismo pregava a interpretação dualista do mundo, dividido entre as forças do bem e do mal. Os ensinamentos de Zaratustra afirmavam a existência de um #deus #supremo, que havia criado dois outros seres poderosos que dividiam sua própria natureza: Ormuzd (ou Ahura-Mazda, ou ainda Oromasdes, segundo os gregos) seria a fonte de todo o bem, enquanto Ariman (Arimanes) seria a origem do mal, depois que se rebelou.

Aos homens cabia cultuar Ormuzd, já que era ele o criador, o deus da luz e do reino espiritual. O culto a Ormuzd era necessário, já que Ariman havia criado uma série de feras, plantas e répteis venenosos. Os dois deuses viviam em constante conflito e a supremacia do bem necessitava do apoio a Ormuzd.

Esses conflitos entre o bem e o mal seriam constantes até o momento em que os adeptos de Ormuzd seriam vitoriosos, condenando Ariman e os que o seguiam às trevas eternas. Essa doutrina compreendia, dessa forma, uma espécie de vida após a morte, onde os justos encontrariam a recompensa em um paraíso, e os demais seriam castigados a viver em uma espécie de inferno.

Esses ensinamentos estariam compilados no livro Zend-Avest (ou Avesta), que teria sido escrito por Zaratustra. Os ritos deveriam ocorrer em montanhas, onde deveriam ser realizados sacrifícios e a #adoração ao #sol e ao #fogo. Essa adoração ao #deus da #luz seria #conduzida por #magos, os #sacerdotes das cerimônias religiosas que conduziriam a entoação de hinos e a manutenção do fogo aceso, como representação do poder de Ormuzd.

Em virtude de seus conhecimentos em astrologia e encantamentos, o termo mago passou a ser orientado na definição a todos os mágicos e feiticeiros, perdendo na maioria dos casos a definição sacerdotal que havia na concepção do zoroastrismo.

A religião sofreu mudanças após a dominação macedônica sobre o Império Persa, recuperando posteriormente as concepções originais. Porém, o grande golpe sofrido pelo zoroastrismo deveu-se à expansão islâmica, já que os adeptos da religião eram considerados infiéis, e foram perseguidos. Alguns grupos fugiram para o deserto de Querman e para o Hindustão, o subcontinente indiano, onde são conhecidos como parses e mantinham alguns Templos do Fogo, em homenagem a Ormuzd.

📌 A história Parsi tem duas versões sobre o que aconteceu. Numa delas, quando Zoroastro se refugia em Guzerate, o rei envia a eles uma jarra de leite cheia até a borda –um modo de dizer que o reino está cheio e que não há mais espaço para mais gente. Em resposta, os recém-chegados colocam uma colher de açúcar no leite e enviam de volta para o rei. Em outras palavras, não somente eles prometem se integrar à população local, mas também que irão enriquecê-la com a sua presença.

Na outra versão, eles jogam um anel de ouro dentro do pote para mostrar que eles irão conservar sua identidade e cultura, mas que também irão agregar imenso valor à região.
Ambas são narrativas convincentes, apesar de mostrar pontos levemente diferentes. Uma exalta a integração dos imigrantes, enquanto a outra destaca o valor de diferentes culturas vivendo juntas em harmonia. Os Parsis na Índia e em outras partes fizeram os dois: adotaram alguns dos costumes da terra onde vivem, ao mesmo tempo que mantinham sua cultura distinta, seus rituais religiosos e crenças.

Eles também deram contribuições culturais que a onda inicial de refugiados em Guzerate nunca poderia imaginar. Apesar de poucos, os Parsis têm entre eles famosos músicos, cientistas, acadêmicos, artistas e empreendedores.

📌 Zoroastrismo, a religião ancestral de #FreddieMercury
O líder do Queen tinha origem indiana, se chamava Farrokh Bulsara, e professava uma das religiões mais antigas do mundo.
Deve ser uma surpresa para alguns que Freddie Mercury tenha nascido Farrokh Bulsara. Ele vem de uma família Parsi com origem na Índia e professava a religião zoroastrista. 

Fugindo da perseguição religiosa dos muçulmanos na Pérsia entre os séculos 17 e 10, os zoroastristas se fixaram na Índia, onde são chamados “Parsis”. Como Freddie Mercury, eles fizeram questão de se integrar a seus novos ambientes, mesmo permanecendo fiéis aos valores, crenças e práticas de sua religião

Além de Freddie Mercury, também são zoroastristas Zubin Mehta, o diretor da Filarmônica de Israel; Jamshedji Tata, fundador do Tata Group, o maior conglomerado industrial da Índia; e Dadabhai Naoroji, o primeiro indiano eleito para o Parlamento britânico, para citar alguns.

Apesar de estar encolhendo. Em 2004, se estimava entre 128 mil e 190 mil zoroastristas ao redor do mundo, com 18 mil residindo  nos EUA.

#Bibliografia:
ROBERTO, Carlos. Zoroastrismo. Disponível em http://www.magiadourada.com.br/zoroastro.html. Acesso em: 08 out. 2011.

SOUSA, Rainer Gonçalves. Zoroastrismo. Disponível em http://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/zoroastrismo.htm. Acesso em: 08 out. 2011.

Fonte: InfoEscola
@brasilescola-Tales Pinto (Graduando em História)
Socialista Morena

Foto:
FREDDIE MERCURY EM 1982. FOTO: STEVE WOOD

Faravahar ou o Feroha é o símbolo importante do zoroastrismo. (foto: Wikimedia Commons)

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