QUAL ERA A VISAO RELIGIOSA DO NAZISTA ALEMÃO- ADOLF HITLER?
Religião na Alemanha Nazista
Por Antônio Gasparetto Junior
Mestrado em História (UFJF, 2013)
Graduação em História (UFJF, 2010)
Categorias: História da Europa, Religião
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Em 1933, Adolf Hitler chegou ao poder na Alemanha. Junto com ele, chegava também uma ideologia #totalitarista ( regimes políticos extremamente autoritários),que instalaria no país um regime autoritário e doutrinador, o #Nazismo.
Foram criados diversos órgãos para disseminar a nova ideologia e garantir o seu funcionamento. No centro de sua argumentação, estava a ideia de #purificar a #Alemanha, limpando-a de raças julgadas inferiores, com especial aversão aos judeus.
A Alemanha era formada principalmente por católicos e protestantes na década de 1930.
#Adolf #Hitler foi criado por seu pai, que era católico, e por sua mãe, que também era cristã devota. Hitler, contudo, deixou de participar dos sacramentos e passou a apoiar o #Movimento #Cristão #Alemão, um movimento #racista e #antissemita(aquele que se opõe aos semitas, em especial os judeus), que pretendeu fazer a #fusão do #Nazismo e do #Cristianismo.
Adolf Hitler e Joseph Goebbels, um dos principais responsáveis pelo #extermínio de #judeus, eram católicos, porém já haviam abandonado suas congregações antes da ascensão ao poder em 1933, quando assumiu o poder na Alemanha.
Sabe-se, contudo, que grande parte das congregações era contrária ao Nazismo. De modo que sempre havia tensão para com alguns grupos. Grande parte dos nazistas tinha aversão ao clero em suas vidas pública e privada e a situação ficava ainda mais intensa pelo próprio fato da simbologia Nazista fazer tanta referência ao #paganismo (vem do latim pagus (campo) e paganus (pagão) significa “camponês” ou “rústico".)
Em seu livro,
#Mein #Kampf, ele afirmou seguir os princípios do cristianismo. Antes do começo da Segunda Guerra Mundial, Hitler promovia o chamado "cristianismo positivo", um movimento que #expurgava do cristianismo todos os elementos do judaísmo e inseria ideais nazistas.
De acordo com controversos manuscritos redigidos por Heinrich Heim, Henry Picker e Martin Bormann, secretário pessoal do Führer, intitulados Tischgespräche im Führerhauptquartier ("Conversas de Hitler à Mesa"), além do testemunho de amigos próximos de Hitler, ele tinha uma profusão de visões negativas do cristianismo. Mas a maioria das pessoas em seu convívio afirmava que ele era teísta(Crenca num Deus).
Há muito debate sobre a relação de Hitler e religião como um todo; o consenso maior entre os historiadores é que, na maioria dos casos, ele apresentava uma visão irreligiosa, #anti-#cristã, #anti-#clériga e #cientística.
Ainda assim, em público, Hitler frequentemente, durante suas campanhas e discursos políticos, expressava apoio à religião e afirmava se opôr ao ateísmo, chegando a banir, em 1933, um grupo anti-cristão materialista. Historiadores e acadêmicos acreditam que Hitler, com o passar do tempo, pretendia suplantar a influência do cristianismo na sociedade alemã e então substituí-la por um novo credo associado a ideologia nazista.
A relação com a Igreja Católica, na verdade, não era muito diferente. Ela variava entre tolerância e agressão, apesar das origens católicas de Hitler e Goebbels. Grande parte dos #nazistas tinha #aversão ao #clero em suas vidas pública e privada e a situação ficava ainda mais intensa pelo próprio fato da simbologia Nazista fazer tanta referência ao paganismo. Por fim, tanto Hitler como Mussolini eram contrários ao clero, todavia sabiam que um choque afetaria seus planos ideológicos, retardando-os. A Igreja Católica, por sua vez, era declaradamente contrária a ideologia nazista antes desta chegar ao poder. Mas, a partir de 1933, a associação deixou de ser proibida e buscaram-se meios para trabalhar em parceria.
Em 1937, o Papa Pio IX condenou a ideologia nazista e o totalitarismo, dando início a uma caçada aos dissidentes políticos na Alemanha. Padres foram perseguidos, presos e enviados a campos de concentração. Com medo, muitos religiosos encorajaram orações em defesa de Hitler e evitaram falar sobre antisemitismo.
Em 1941, a Alemanha Nazista decretou a dissolução de todos os monastérios e abadias em seu território, abrindo espaço para a ocupação da SS, organização militar de elite dos nazistas comandada por Heinrich Himmler. Mas Hitler abafou a operação com receio de que os católicos alemães pudessem protestar contra as medidas e criar problemas paralelos em tempos de guerra.
Em suma, a Alemanha Nazista expandia sua ideologia totalitarista e, como tal, pretendia superar e controlar questões religiosas. Católicos e protestantes tiveram relacionamento tenso com os nazistas, mas, devido ao fato de a grande maioria da população ser adepta dessas duas vertentes religiosas, o embate direto não foi tão explícito, embora Hitler não simpatizasse com nenhuma das duas. Entretanto, um grupo religioso em específico, além dos judeus, estava entre os principais perseguidos pelo governo nazista, as #Testemunhas #deJeová. Seus adeptos somavam cerca de 25 mil fieis na Alemanha. Quando presos, recebiam um triangulo roxo para identificação. Eles receberam o desgosto dos nazistas pela recusa de servir ao exército alemão e ao governo. Mas eram dos poucos prisioneiros que podiam deixar os campos de concentração com vida. Bastava assinar um documento renunciando a sua religião que eles estavam aptos a voltar a ser cidadãos alemães. Só que, para os seguidores dessa religião, a fé vinha em primeiro lugar, o que causou ódio aos nazistas e a morte de milhares de fieis.
Fontes: Internet
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