Pular para o conteúdo principal

Como surgiu a religião Hindu?

RELIGIÃO
HIBDUISMO


Há grandes controvérsias e muitos buscam explicar o “início” do #Hinduísmo. Mas o mais correto, é considerar que a #religião #existe a #mais de 4.000 #anos, e que não se sabe exatamente como iniciou.
Como o Hinduísmo #não #possui um #Profeta, o qual marca o início de uma religião, fica difícil mensurar a quantos anos a religião existe, mas o que podemos considerar são as informações históricas
adquiridas pelos povos ancestrais que habitam a região que hoje é conhecida como Índia. 
De acordo com Rodrigues (2006) e Eliot (1988), o Hinduísmo é uma combinação de três diferentes povos ancestrais, são eles:

#Arianos: Acredita-se que são originários da área central da Ásia, próximo das Cordilheiras do Cáucaso. Conhecidos como “Os Nobres” (em sânscrito ‘arya’ significa ‘aquele que faz ações nobres’), os Arianos eram povos Indo-Europeus, tinham pele clara e sua língua nativa era o Sânscrito. Migraram para a Europa e para o Leste do Subcontinente Indiano por volta de 1.500 A.C. Com eles, trouxerem um conjunto de escrituras sagradas orais (cânticos – mantras), conhecidos como Vedas, que nos dizem e informam sobre suas crenças e práticas.

#Dravidianos: Refere-se ao povo de alta cultura ancestral que habitavam o Subcontinente Indiano. Alguns escritores acreditam que eles pudessem fazer parte dos povos que habitavam a Civilização do Vale Indo e, que após o desaparecimento misterioso dessa civilização, os Dravidianos seguiram para o Sul do Vale do Rio Ganges, onde se desenvolveram independente nessas regiões. A civilização dravidiana é uma sociedade de alta cultura que não incluiu os povos indígenas do Subcontinente Indiano da época. A língua do Sul da Índia, por exemplo o Tâmil, pertence à família dos Dravidianos, que é rica em tradição e literatura.

#Povos #Indígenas: 
A terceira contribuição para a formação do Hinduísmo deriva da somatização de diferentes crenças religiosas e práticas tribais indígenas em todo o subcontinente Indiano. Esse povoado habitava as áreas remotas e florestas densas por todo o subcontinente e não eram considerados de alta tradição cultural como os Dravidianos. Em termos gerais, eles são associados a crenças animistas (ou seja, acreditavam em espíritos que habitam rochas, árvores, lagos, oceanos e outros fenômenos naturais). Preocupavam-se com a fertilidade da comunidade e do mundo natural, com grande presença de rituais xamânicos.
A #conclusão de que o #Hinduísmo #deriva da #combinação de #três #tipos de #povoados é baseada pelos estudos arqueológicos e pelas descobertas realizadas por pesquisadores que encontraram uma gravura arqueológica com mais de 4.500 anos chamada “ithyphallic proto-Shiva”, que simboliza o #culto #à #Shiva. Desta forma, atesta-se a prevalência do #deus #Shiva, antes mesmo da civilização Indo aparecer no Subcontinente Indiano e antes mesmo do surgimento do #culto #védico. (Ref. Museu Nacional da Índia)
Além disso, não há menção do deus Shiva ou qualquer outro deus Hindu nas primeiras escrituras védicas. Isso sugere que a adoração a este deus se origina à tradição religiosa dos não-Arianos do subcontinente Indiano. Porém, em versões védicas posteriores, como o Shvetashvatara Upanishad, podemos encontrar menção à Shiva, um dos grandes e mais importantes deuses do Hinduísmo. Assim como ele é mencionado nos Puranas e nas histórias Épicas Hindus. Processos semelhantes a este trazem uma variedade de divindades Hindus, como o #deus #Ganesha, #Hanuman, #Krishna e outros tantos os quais foram sendo assimilados no panteão védico.
De onde surgiu o termo Hindu e Hinduísmo?

As palavras “Hindu” e “Índia” são derivadas da palavra em Sânscrito “#Sindhu” (que significa literalmente “#oceano”), usada para nomear o grande rio que hoje é conhecido por #Rio #Indo, o qual flui nas Montanhas do Himalaia no Tibete, passando pelo Paquistão e desembocando no Mar Arábico. A palavra “lugar” em Sânscrito, significa “sthãna”, portanto a região ao redor e acima do Rio Indo era conhecida por Sindh ou Hindusthãna.
O uso do termo “Hindu” e “Hinduísmo”, como designação para a religião dos Indianos foi desenvolvido com o crescimento da cultura Islã no subcontinente Indiano, para diferenciar Mulçumanos de não-Mulçumanos.
Somente no século XVIII, na época da colonização britânica na Índia, é que a expressão “Hinduísmo” e “Hindu” ganharam sua utilização genérica para se referir à #religião do #povo #Indiano.
 Esta religião é consideravelmente misteriosa, pois existem diversas escrituras sagradas antigas que somatizam na definição das crenças, assim como influências de religiões ancestrais, rituais indígenas xamânicos e até mesmo, o tempo, que é responsável por moldar e adaptar as crenças de acordo com as situações e a cultura local e temporal.

As escrituras sagradas do Hinduísmo

#Mahabaratga
Abordar as escrituras sagradas do Hinduísmo é uma tarefa um tanto quanto desafiadora, pois assim como não sabemos exatamente quando a religião passou a existir, não sabemos exatamente quando foi realizada as primeiras escrituras e se durante o processo da escrita houve alguma modificação. Pois o principal meio de ensino do Hinduísmo e do conhecimento Védico era realizado de #mentor #espiritual para estudante, como a palavra #Upanishad define sua metodologia de ensino: Upa (quer dizer mentor espiritual), ni (ao lado), sad (para baixo), ou seja, uma imagem clássica de um estudante sentado recebendo orientação de seu mentor.
Upanishad.
Além disso, todas as escrituras Hindus são baseadas em interpretações, portanto, dependendo daquele que fará sua tradução, poderá interpretar os ensinamentos de uma forma diferente de outro que faz a mesma atividade. Assim como o termo “filosofia” para os gregos quer dizer “amor ao conhecimento” (filo = amor | sofia = amor), para os chineses, o termo “filosofia” é explicado como “processo sistemático, pensamento reflexivo sobre a vida”.
O Hinduísmo inclui elementos que muitas das principais religiões do mundo não consideram como ações religiosas. As #escrituras #sagradas dos #Hindus #incluem #obras sobre #astrologia, #medicina, #ciência da #versificação, e até mesmo #lógica e #matemática.
#Vedas: 
A primeira escritura védica é conhecida como Rig Veda, e é considerado a escritura mais antiga da Índia, trazida pelos Arianos ao Subcontinente Indiano em 1.500 A.C. Nela contém hinos (mantras) que ensinam filosofia, astrologia, medicina, ciência, lógica, gramática, matemática e muitas outras ciências. Sua versão escrita foi realizada em 1.000 A.C., sendo dividida em quatro livros: Samhita, Sama, Yajur, Atharva.

#Upanishads: 
(600 A.C. – 800 D.C) A tradução de sua palavra define a forma como o aprendizado é realizado: Upa (quer dizer mentor espiritual), ni (ao lado), sad (para baixo), ou seja, uma imagem clássica de um estudante sentado recebendo orientação de seu mentor. Os Upanishads entram em questões abstrusas como a origem do Universo, a natureza da divindade, a natureza da alma e a conexão do espírito com a matéria.

#Mahabharata: (200 A.C – 200 D.C) Um livro épico que conta a Grande História dos descendentes de Bharata. O livro mais comprido do mundo, com mais de 100.000 versos. Vyasa, o ator, foi encorajado pelo deus Brahma a contar sua história, que relata a guerra entre duas famílias. Ganesha, o deus com cabeça de elefante, foi designado a escrever a história ditada por Vyasa.  Vyasa, o qual o nome quer dizer “o separador” é creditado por alguns estudiosos da religião Hindu, como àquele que dividiu os Vedas em quatro partes, pois a versão original seria imensuravelmente inacessível para os seres humanos. (Rodrigues, 2006)

#Ramayana: 
(400 BC – 400 AD) Também um livro épico, porém menor, com em torno de 20.000 versos, composto por oito livros conhecidos como “kandas”. A escritura conta a história de Rama, o que é considerado um avatar do deus Vishnu.

#Bhagavad #Gita: (200 A.C. – 200 D.C) O som “do Divino”. É considerado um livro ao estilo Upanishad, onde o aprendizado é feito de mestre para discípulo. Originalmente o Bhagavad Gita aparece também como um episódio do Mahabharata, onde o deus Krishna é o orador principal que expõe ao seu amigo, discípulo e devoto Arjuna suas doutrinas filosóficas. O autor deste livro é desconhecido, mas provavelmente era uma Brahman (um homem de mais alta casta Hindu), filósofo e pensador, cuja mente tinha uma visão ampla. Recebeu inspiração de muitas escrituras sagradas, dentre elas Vedanta, Yoga e Sankhya (uma das seis escolas ortodoxas filosóficas Indiana). Krishna, como deus, é a manifestação de Vishnu, mas nesta escritura, e em outros lugares, ele é tido como o Ser Supremo. O poema é dividido em três seções, cada uma contém seis parágrafos, e o ensino filosófico em cada um é de alguma forma distinto, mas, sem dúvida, a principal forma do poema, são os sentimentos expressados em cada um, os quais exercem uma poderosa influência na Índia nos últimos 1.600 anos. (Dowson, 1993)

Os principais deuses do Hinduísmo

TrimutiO #Hinduísmo é uma #religião #politeísta, ou seja, que #adoram e #veneram #mais de #um #deus. Assim como a Santíssima Trindade no catolicismo: Pai, Filho e Espírito Santo; o #Hinduísmo também tem sua #trindade #sagrada, conhecido como #Trimurti ou #Tridevi, que representa os três principais Deuses do Hinduísmo: #Brahma, #Vishnu e #Shiva.
Para explicar o que cada deus simboliza para o Hinduísmo, a filosofia de Samkhya é utilizada para definir cada um deles, cujo termo é conhecido como Gunas. Os Gunas representam as qualidades de um ser, que está presente em tudo e em todos, eles definem a natureza de alguém ou de alguma coisa, e determina o progresso de vida.
Existem três Gunas os quais, como já dito acima, todos eles estão presentes em nós, em tudo, e em todos, seja de maior ou menor grau:
Sattva: é a qualidade de equilíbrio, harmonia, bondade, pureza, universalidade, holística, construtiva, positiva, calma, virtuosa.
Rajas: é a qualidade de paixão, atividade, nem boa nem má, algumas vezes egocêntrica, egoísta, individualista, em constante movimento, dinâmico.
Tamas: é a qualidade do desiquilíbrio, desordem, caos, ansiedade, impuro, destrutivo, ilusão, negativo, maçante ou inativo, apático, inerte, violento, cruel e ignorante.

Após a definição das três qualidades, os deus mais adorados da Índia são definidos:

#Brahma é a concretização de Rajo-guna, a qualidade de paixão e desejo, pelo qual o mundo foi chamado a ser e existir. Brahma é o criador do Universo, aquele que construiu o Mundo.

#Vishnu: é a concretização de Sattva-guna, a propriedade de misericórdia e bondade pelo qual o mundo está preservado. Vishnu é o Deus que preserva o mundo, que cuida e que protege.

#Shiva: é a concretização de de Tamo-guna, atribuído à escuridão ou indignação, o fogo destrutivo pelo qual a terra é aniquilada. No sentido interpretativo da religião Hindu, Shiva é o Deus destruidor e transformador, aquele que renova as energias do mundo, aniquilando energias velhas e transmutando-as para novas vibrações energéticas.

Fonte:https://www.google.com/amp/s/santosbarbara.com/2015/09/19/curiosidades-sobre-a-historia-do-hinduismo/amp/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Quem foi Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra?

RECORTES DA HISTÓRIA Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra Jaime VI & I (Edimburgo, 19 de junho de 1566 – Cheshunt, 27 de março de 1625) foi o Rei da Escócia como Jaime VI e Rei da Inglaterra e Irlanda pela União das Coroas como Jaime I.  James nasceu em 19 de junho de 1566, no Castelo de Edimburgo, Edimburgo, Escócia e  Morreu em  27 de março de 1625 aos 58 anos, na Casa Theobalds, Cheshunt, Hertfordshire, Inglaterra Seu Enterro ocorreu na Abadia de Westminster, Londres, Inglaterra em 7 de maio de 1625 Seus Pais: Henrique Stuart, Lorde Darnley e Maria da Escócia Religião Protestantismo Sua Esposa foi Ana da Dinamarca e seus  descendentes foram Henrique Frederico, Príncipe de Gales Isabel da Boémia Margarida da Escócia Carlos I de Inglaterra Roberto, Duque de Kintyre Maria de Inglaterra Sofia de Inglaterra Viveu na Casa Stuart Ele reinou na Escócia desde 1567 e na Inglaterra a partir de 1603 até sua morte. Os dois reinos eram estados soberanos individuais, cada um com s

O que é um AVC?

SAÚDE O AVC (Acidente Vascular Cerebral), de forma geral, é a morte de células do cérebro, que acontece pela interrupção do fluxo sanguíneo no órgão. Essa falta de circulação do sangue pode ocorrer de duas maneiras: AVC hemorrágico : quando um vaso sanguíneo ou artéria se rompe, causando vazamento do sangue na região e interrompendo o fluxo sanguíneo apropriado. AVC isquêmico : pode acontecer quando há o entupimento de um vaso sanguíneo, devido ao acúmulo de placas de gordura em suas paredes. Ou então quando um coágulo migra para um vaso sanguíneo cerebral e limita o fluxo de sangue, o que vai "matando" as células que não recebem nutrição. Sintomas Os sintomas são iguais para homens e mulheres. Alterações motoras súbitas, como fraqueza muscular, incoordenação ou incapacidade de movimentar uma parte do corpo —geralmente braço e perna de um lado só do corpo —, e dormência na face, braço ou perna estão entre os sinais mais marcantes da doença. O paciente ainda pode a

Uma breve história de Royal Raymond Rife

ROYAL REYMOND RIFE O homem que criou a cura do Câncer, foi chamado de “Charlatão” Imagine, por um momento, que você gastou mais de duas décadas em uma pesquisa árdua e laboriosa ..., que você descobriu um aparato  eletrônico incrivelmente simples para curar literamente todas as doenças do planeta causadas por viroses e bactérias . De fato, é  uma descoberta que poria um fim à dor e ao sofrimento de incontáveis milhões de pessoas e mudaria a vida na terra para sempre.  Certamente, o mundo médico viria correndo a você para abraçá-lo com todas as honras e recompensas financeiras imagináveis. Infelizmente, o que se constata com os maiores gênios da medicina em toda os registros da história, é que tiveram um destino  literalmente oposto à lógica esperada. Na verdade, a história da medicina está repleta de estórias de gênios traídos pelo  pensamento retrógrado e o ciúme, mas mais pateticamente, pela ganância e pelo dinheiro. No século XIX, Semmelweiss enfrentou grande resistência