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Religiões do Mundo.
O Cristianismo, Conceito e significado.
O que é cristianismo
Se for preciso dizer o que é cristianismo em uma frase, ela deverá afirmar pelo menos os seguintes pontos: o cristianismo é a #fé #em #que #Deus #se #revelou #em #Jesus #de #Nazaré e que, por meio deste, a humanidade é presenteada com a possibilidade de viver em plena comunhão consigo mesma, com o mundo e com Deus.
Em termos técnicos, o cristianismo é uma #religião #monoteísta (crença num unico Deus), que há cerca de dois mil anos se #derivou do #judaísmo na região do Oriente Médio. Sua #figura #central é a de #Jesus, que se acredita ser o Filho de Deus, a encarnação humana da própria Divindade.
Trata-se da #maior #religião #do #planeta (reunindo cerca de 30% da população terrestre), e da mais influente no mundo ocidental. Precisamente essa influência é tanto um auxílio como um entrave para compreendermos o seu significado. Como expressa Fabrice Hadjadj:
“[…] temos uma tendência a opor paraíso e história; contudo, a ideia de História, com H maiúsculo (e até com uma bomba H), deriva do paraíso tal como pregado por judeus e cristãos. Não temos consciência disso por se tratar de algo que nos é extremamente familiar: desdenhando do judaísmo e do cristianismo, somos, apesar de tudo, seus herdeiros, e vamos vivendo graças ao que cai de sua mesa.”
#História #do #cristianismo: #origem e #desenvolvimento
#Judaísmo e #helenismo
O surgimento do cristianismo se deu no contexto da religião judaica e da cultura helenista.
Jesus foi entendido pelos primeiros cristãos como a pessoa em quem se cumpriu a promessa divina (por cuja realização esperavam os hebreus) de um profeta, sacerdote e rei que possibilitaria ao povo de Israel concretizar a sua vocação – a de ser o povo por intermédio do qual todas as nações poderiam conhecer a Deus.
Ao mesmo tempo, os judeus se achavam sob domínio do Império Romano, que por sua vez tinha por maiores forças intelectuais as ideias importadas do pensamento grego – àquela altura, repaginadas e debatidas por #diferentes #escolas, como o #estoicismo, o #epicurismo e as #várias #modalidades de #ceticismo.
O encontro entre a religião judaica e o pensamento grego está exemplarmente sintetizado na vida de Fílon de Alexandria, filósofo médio-platônico contemporâneo de Cristo. De sua autoria, há duas importantes obras traduzidas para o português: Questões sobre o Gênesis e Da Criação do Mundo – E outros escritos.
Uma #teóloga #contemporânea que tem se destacado por traçar uma origem mais profundamente judaica, e menos dependente da influência grega, do que habitualmente se supõe ser o caso para o cristianismo é #Margaret #Barker, autora de Introdução ao Misticismo do Templo e Introdução à Teologia do Templo.
Em seus livros, a estudiosa apresenta a hipótese segundo a qual a autoimagem de Jesus e a maneira como os primeiros cristãos o compreenderam estavam diretamente enraizadas nas #práticas e #crenças que o #hebraísmo #antigo, a despeito da religiosidade hebraica oficial, desenvolveu em torno do Primeiro Templo de Jerusalém.
Igreja primitiva
cristianismo igreja primitiva
O desenvolvimento orgânico da religião dos hebreus pode ter manifestado tendências antissacrificiais que contrastavam com as prescrições da Lei para o oferecimento de holocaustos.
Qualquer que seja o nível de acurácia histórica desse palpite, o fato é que os primeiros cristãos (segundo Barker, conscientemente continuadores daquele hebraísmo popular) entenderam a crucificação de Jesus como o ato que a um só tempo concretizou, julgou e redimiu nosso ímpeto religioso natural.
Ou seja: o legalismo religioso levou ao contrassenso de condenarmos e sacrificarmos a própria Divindade; mas, exatamente ao cometermos esse que foi o maior dos pecados, #Deus #demonstrou a #perversidade das #ações #humanas #baseadas no #orgulho e nos #concedeu a #possibilidade de #trilhar #um #caminho de #verdadeiro #amor #a #ele e #ao #próximo.
Os efeitos concretos dessa consciência no âmbito da Igreja primitiva (como se denomina a comunidade cristã do primeiro século) foram o esforço de se exercitar o auxílio mútuo e a disposição a anunciar a todo o mundo conhecido a boa-nova (literalmente, evangelho) de que, em Cristo, Deus estava redimindo os seres humanos.
O relato desse período, cuja principal fonte é o livro de Atos dos Apóstolos, dá conta de que o cristianismo, sendo visto como uma seita dissidente da religião judaica, foi alvo de grande perseguição política e religiosa.
A #Patrística – período que comportou a atuação dos chamados Pais da Igreja, pensadores que pela primeira vez trataram de maneira sistematizada as alegações cristãs – caracteriza-se por escritos polêmicos que alvejavam tanto as heresias internas como as escolas de pensamento adversas.
À Patrística se seguiu o período medieval, durante o qual o pensamento cristão se desenvolveu sob a forma da Escolástica.
Com o acontecimento, radicalizou-se uma oposição que vinha sendo contornada desde o século 4, com a cisão entre o Império Romano do Ocidente, cuja capital era Roma, e o Império Bizantino, cuja capital era Constantinopla.
A insubordinação da cristandade oriental ao papado romano – junto a divergências doutrinárias abordadas abaixo, em seção sobre o catolicismo ortodoxo – inaugura a divisão que ainda hoje vigora no seio do cristianismo. Outra fragmentação com resultados que continuam em curso foi a acontecida no decorrer do século 16, com a eclosão e os desdobramentos da Reforma Protestante.
Fonte:https://www.erealizacoes.com.br/blog/o-que-e-cristianismo/
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