Categoria:Historia
Fundação de cultura.
Municipal
Por: Márcia Bimontez, Salinas-MG, 16 de Julho de 2020.
(Foto: Bimontez/ Visão Frontal da Fundacao de Cultura)
Por: @bimontez. Salinas-MG
Publicado em: 27 de Fevereiro de 2020.
O assunto de hoje, é sobre a Fundação de Cultura de Salinas-MG, situada no antigo presídio da Cidade.
Quem nos atendeu e orientou foi Karina Barbosa, o coordenardor da Fundação é Max Emiliano de Oliveira. Sob manutenção da Prefeitura Municipal de Salinas.
A Fundação de Cultura e composta por obras e moveis, que foram deslocados do antigo Centro de Cultura.
E composta pelo quadro do 1°Prefeito de Salinas-MG, Clemente Mendrado;
A cadeira de madeira, do Politico Coronel Idalino Ribeiro;
Quadros que retratam o antigo
Mercado Municiapal,
demolido (1985) do e sua pós reforma; Réplica da 1° ponte de ferro, que interliga o centro aos demais bairros: São Geraldo, Floresta, Maracanã...
Uma obra cristã, escupida em madeira pelo artista local Teco.
A Fundação de Cultura existe há mais de três decadas, atualmente ela e responsável pela promoção de eventos publ8co na cidade, como: Reacendendo a Fogieira;
Festa da Virada; e etc.
Foi inaugurada no ano 1987, ano no qual extinguiu o antigo presídio de Salinas
(1922-1987).
Caso você ficou cirioso para conhecer o local o horario de funcionamento é das 08:00 ao meio dia e das 14:00 As 18:00.
Telefone:
(038) 3841-1083
📍 QUEM FOI O CLEMENTE MENDRADO:
CLEMENTE MEDRADO FERNANDES
Clemente Mendrado nasceu em 28 de Outubro de 1896, filho do coronel André Fernandes e de Salustiana da Rocha Medrado Fernandes, descendente de tradicional família baiana, e Faleceu no dia 20 de abril de 1961.
Foi casado com Severina Ribeiro Medrado Fernandes, com quem teve sete filhos.
Um salinense visionário, que se aventurou por varias área, graduou-se em Medicina e Direito; atuol na política desempenhou papel de Deputado Federal por MG e foi o 1° Prefeito da cidade de salinas-MG, Secretário, na Secretaria de #Saúde e Assistência de Minas Gerais; Um homem á frente do seu tempo, fundou dois jornais: O Salinense e O Reivindicador, foi #diretor da #Imprensa Oficial do estado de Minas. E na literatura escreveu e publicou três obras. Como deputado viabilizou a implantação do Colégio Agricola de Salinas.
"Criado originalmente como Escola de Iniciação Agrícola de Salinas, mediante intervenção do então deputado federal Dr. Clemente Medrado Fernandes, a escola teve a “Pedra Fundamental” lançada no dia 02 de setembro de 1953. Neste mais de meio século de existência a escola recebeu várias denominações e atualmente se transformou no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas."
(Portal IFNMG)
*const. 1934; dep. fed. MG 1935-1937, 1946, 1949-1955, 1956-1959.
Clemente Medrado Fernandes nasceu em Cachoeira do Pajeú, no então município de Salinas, depois incorporado ao município de Fortaleza de Minas (MG), no dia 28 de outubro de 1896, filho do coronel André Fernandes e de Salustiana da Rocha Medrado Fernandes, descendente de tradicional família baiana.
Estudou no Colégio Claret, no Ginásio Mineiro e na Escola de Minas de Ouro Preto, todos em Minas Gerais, ingressando em seguida na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte, onde colaborou na fundação da Revista Radium, órgão dos alunos. Durante sua permanência na cidade, presidiu o Partido Republicano da Mocidade de Belo Horizonte, ligado à Reação Republicana, movimento que promoveu em 1921-1922 a candidatura de Nilo Peçanha à presidência da República em oposição à de Artur Bernardes, afinal eleito em março de 1922. Ainda como universitário na capital mineira, foi diretor dos periódicos de humor Footing e Esqueleto.
Transferiu-se no segundo ano para a Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro, no então Distrito Federal, e, ainda acadêmico, estagiou no Hospital Pró-Matre do Rio de Janeiro e presidiu o grêmio literário Antônio Afonso de Morais. Especializou-se em obstetrícia, formando-se em dezembro de 1925 com a tese A placentação anormal.
Começou a clinicar em Pedra Azul (MG) e Salinas, onde fundaria o #jornal O Salinense e seria vereador entre 1926 e 1930. Participou da campanha da Aliança Liberal em 1929-1930, integrando caravanas pelo norte de Minas Gerais. Após a vitória da Revolução de Outubro de 1930, foi nomeado no mesmo mês Prefeito de Salinas, onde fundou o jornal O Reivindicador.
Em fevereiro de 1933, exonerou-se da prefeitura, elegendo-se em maio seguinte #deputado à Assembléia Nacional Constituinte pela legenda do Partido Progressista (PP) de Minas Gerais. Empossado em novembro do mesmo ano, participou dos trabalhos constituintes e, após a promulgação da nova Carta (16/7/1934) e a eleição do presidente da República no dia seguinte, teve o mandato estendido até maio de 1935. Reeleito deputado federal em outubro de 1934, sempre pela legenda do PP, iniciou o novo mandato em maio de 1935, exercendo-o até novembro de 1937, quando, com o advento do Estado Novo, foram suprimidos todos os órgãos legislativos do país. Em 1939, bacharelou-se também pela Faculdade de Direito de Niterói, na então capital do estado do Rio de Janeiro.
Após o fim do Estado Novo (29/10/1945), obteve, em dezembro de 1945, uma suplência de deputado federal constituinte por Minas Gerais, agora pela legenda do Partido Social Democrático (PSD). Após a promulgação da nova Carta (18/9/1946) e a transformação da Assembléia Nacional Constituinte em Congresso ordinário, exerceu o mandato em dezembro de 1946 — ano em que também integrou o Conselho Administrativo do Estado de Minas Gerais —, e a partir de junho de 1949. Reeleito em outubro de 1950 e de 1954, licenciou-se da Câmara dos Deputados em abril de 1955 em virtude de sua nomeação, pelo governador Clóvis Salgado (1955-1956), para a Secretaria de Saúde e Assistência de Minas Gerais, função que exerceu até fevereiro do ano seguinte, quando retornou às atividades parlamentares. No pleito de outubro de 1958, tentou a reeleição, mas obteve apenas uma suplência, não chegando a exercer o mandato. Abandonou a vida parlamentar em janeiro de 1959, quando encerrou seu mandato. Durante sua passagem pela Câmara dos Deputados, fora membro das comissões de Obras e Transportes, de Tomada de Contas, do Polígono das Secas, de Transportes, Obras Públicas e Comunicações e de Supervisão dos Órgãos Autônomos.
Entre 1960 e 1961, no final do governo de José Francisco Bias Fortes (1956-1961), foi #diretor da #Imprensa Oficial do estado de Minas. Foi ainda diretor do Posto de Higiene e diretor de Saúde Pública em Salinas, chefiou o Centro de Saúde de Minas Gerais e foi membro correspondente da Sociedade Médico-Cirúrgica de Belo Horizonte. Proprietário de fazendas de gado, dirigiu o Banco Financial da Produção de Minas Gerais.
Faleceu no dia 20 de abril de 1961.
Era casado com Severina Ribeiro Medrado Fernandes, com quem teve sete filhos.
Se aventurou pela literatura escreveu e publicou 3 obras: Fronteiras de dois mundos, Ternuras e volúpias e Sulcos de uma jornada.
📍 QUEM FOI CEL. IDALINO RIBEIRO.
CORONEL IDALINO RIBEIRO
Cel. Idalino Ribeiro (1879-1973)
Coronel Idalino Ribeiro é um dos maiores personagens políticos da história de Salinas. Foi chefe político de fato e diretor na região de Salinas por quase meio século (50 anos)..
Idalino Ribeiro, filho de João Nepomuceno e Benevinda Costa Ribeiro, nasceu em Salinas no dia 3 de maio de 1879, final do século XIX. Sua família é uma das pioneiras de Salinas com raízes em Rio Pardo de Minas. Em 11 de julho de 1904 se casou com Laudelina Chaves, filha única do rico fazendeiro e político José Chaves. Da união teve quatro filhos: Odete Chaves Ribeiro, José Chaves Ribeiro, Osmane Ribeiro e Severina Chaves Ribeiro.
Ainda jovem, com o apoio do deputado Edmundo Blum, que representava a região do Alto Rio Pardo, foi nomeado fiscal de impostos de consumo do Estado com salário de 120000$ réis e mais 5% da renda. A sua área de fiscalização era imensa alcançando os municípios de Salinas, Grão Mogol, Araçuaí, Pedra Azul, Jequitinhonha, até o Salto da Divisa. Ganhou, ainda, patente para negociar fumo. Em vida se firmou como p#essoa #influente, #comerciante e #político.
Foi chefe político em Salinas por quase meio século (50 anos).
De 1918 a 1930 foi
Agente Executico (cargo equivalente a #prefeito atual) que era ocupado pelo presidente da Câmara de Vereadores. De 1930 a 1959, impôs todos os prefeitos (nomeados ou eleitos) do município, quando seu candidato foi derrotado pelo sobrinho e emergente político emergente Geraldo Paulino Santanna. A partir daí entrou em dacadência política.
Em 1923, foi responsável pela construção e inauguração de #ponte madeira ligando o centro ao bairro São Geraldo. O construtor responsável foi o carpinteiro Viroti, de Jequitaí, que ganhava 15000$ por dia, muito dinheiro para a época.
Em 1928, com a chegada dos primeiros automóveis em Salinas e o 1° a adquirir um carro na cidade, promoveu a construção da estrada de rodagem de Salinas a Brejo das Almas
(atual Francisco Sá) ficando pronta em 1929. O governador Olegário Maciel Dias, de 1931 a 1933, refez a estrada, pagando o conto de réis por quilômetro com intuito de dar serviço para grande número de desempregados que estavam criando problemas para o Estado. O Coronel Idalino Ribeiro financiava a construção sendo reembolsado pelo Governo de Minas posteriormente.
Palacete
Especialmente construído em 1933 pelo Cel. Idalino Ribeiro
para receber o governador Benedito Valadares.
Em 1933, como forma de demonstração de poder e prestígio político construiu palacete residencial especialmente para receber o governador Benedito Valadares que veio participar da inauguração da reforma da estrada que liga Salinas a Brejo das Almas. Por muitos anos a política salinense foi articulada nas salas deste palacete.
No período em que esteve no poder, toda população de Salinas e região, diretamente ou indiretamente, era influenciada pelo Cel. Idalino Ribeiro. A sua palavra era derradeira e decisiva. Por respeito ou medo todos o reverenciavam. Existiam outros coronéis em Salinas de menor expressão em sua época como Bernadino Costa, Procópio Cardoso, Moysés Ladeia. É fato inconteste que o Cel. Idalino Ribeiro estava acima de todos. Dizem que sua ascensão ao poder político em Salinas foi à força e contou com apoio de jagunços baianos e parte da elite local.
Representou fielmente na região de Salinas o papel de chefe oligárquico numa época em que oligarquias familiares eram células importantes no xadrez político da República Velha no Brasil (1889-1930) e da era Getúlio Vargas (1930-1945).
Cel. Idalino Ribeiro faleceu em Belo Horizonte no dia 28 de outubro de 1973, aos noventa e quatro anos. Seguramente figura no rol dos homens mais importantes da história de Salinas.
GALERIA DE FOTOS
Vista da antiga escola Nossa Senhora Aparecida, atual EECIR
Centro de Cultura.
Estante de madeira, com panelas de barro.
Mercado Municipal antes da reforma.
Antigo Mercado Municipal, demolido em 1985.
Porta Chapéus
Estante com Livros
Panela de barro
Obra cristã escupida em madeira, artesão Teco.
#FONTES: ANDRADE, F. Relação; ASSEMB. LEGISL. MG. Dicionário biográfico; Boletim Min. Trab. (5/36); CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados brasileiros. Repertório (1946-1967); CÂM. DEP. Relação dos dep.; Câm. Dep. seus componentes; CISNEIROS, A. Parlamentares; Diário do Congresso Nacional; GODINHO, V. Constituintes; Rev. Arq. Públ. Mineiro (12/76); TRIB. SUP. ELEIT. Dados (4).
-https://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/clemente-medrado-fernandes
-blog História de Salinas
http://salinasmg.blogspot.com/2009/11/coronel-idalino-ribeiro.html?m=1
Foto: Márcia Ferreira
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